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domingo, 27 de fevereiro de 2011

Golpistas se aproveitam da caridade para lucrar

Não há limites para a credulidade humana. Nem para os que pretendem lucrar em cima dela. Tirando proveito da generosidade alheia, golpistas transformaram a filantropia no caminho mais curto entre o bolso dos contribuintes e o seu. É o que constatou Zero Hora em 45 dias de peregrinação pelos subterrâneos do mundo da benemerência. Circulando em um meio repleto de entidades sérias, espertalhões surrupiam o nome de estabelecimentos consagrados, inventam creches que não saem do papel ou arrecadam contribuições para asilos que não atendem ninguém.
Que o diga Eveline Borges Streck, presidente do Educandário São João Batista, instituição que cuida de 136 crianças portadores de deficiência na Capital. Ela se comoveu ao receber o telefonema de um homem que dizia se dedicar a uma causa idêntica à dela. Padre José, como se anunciou o desconhecido, disse presidir a Associação Comunitária Assistencial Nova Vida, voltada à assistência de crianças com HIV. O trabalho soou tão nobre que Eveline deu R$ 100 à tal associação, cuja sede seria na Rua Raul Pompeia, bairro Glória, com subsede em Santa Maria.
Entidade era uma ficção
ZH conferiu os dados legais do recibo emitido pela Nova Vida. O Conselho Municipal da Criança e do Adolescente informou que não existe registro da entidade — sem isso, ela não pode solicitar contribuições. Na Secretaria Estadual da Fazenda, ZH checou o número do CNPJ da entidade. É falso.

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