Uma nova droga para câncer de mama com metástase resultou em maior tempo de sobrevida sem piora da doença do que um tratamento padrão contra o tumor. Os resultados do estudo, batizado de Emilia, foram apresentados no encontro anual da Asco (Sociedade Americana de Oncologia Clínica), que ocorreu nesta semana em Chicago, EUA. "É um marco no câncer de mama metastático por ser uma medicação promissora, eficiente e com poucos efeitos colaterais", diz Max Mano, oncologista do Icesp (Instituto do Câncer do Estado de São Paulo Octavio Frias de Oliveira) e do Sírio-Libanês.
O medicamento T-DM1 (trastuzumabe-entansina) foi testado em mulheres com câncer positivo para HER-2, uma proteína ligada à multiplicação celular, e comparado com dois quimioterápicos. A pesquisa envolveu 978 mulheres. O tempo médio de controle sem avanço do câncer foi de 9,6 meses no grupo que usou o T-DM1, contra 6,4 meses do outro grupo. A droga é a união do anticorpo trastuzumabe com um agente quimioterápico (DM1) e tem como objetivo inibir os sinais que levam ao crescimento do câncer. O remédio também faz com que a químio aja diretamente nas células cancerosas positivas para HER-2, o que causa menos efeitos colaterais. Mas, segundo Mano, é preciso aprender mais sobre esses efeitos, apesar de a droga parecer ser bem tolerada. (Folha)
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