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domingo, 29 de abril de 2012

JORNAL A REGIÃO

Conselho Municipal de Saúde rebate ataques
de Azevedo em entrevista na TV Cabrália, na quarta, 25, quando ele cita os conselheiros que votaram contra o retorno do Comando Único para Itabuna. “Quando prefeito fala, nos sentimos como se fossemos Alice no País das Maravilhas”, diz Maria das Graças Souza, presidente do CMS.
maria das gracas
O prefeito de Itabuna, José Nilton Azevedo,
continua inconformado com a perda da gestão plena da Saúde por desvio de verbas e irregularidades. Nesta semana, a prefeitura chegou a inventar que o Ministério da Saúde tinha devolvido a plena. Mas isso depende do Conselho Estadual.
Maria das Graças diz que não é verdade quando o prefeito José Nilton Azevedo fala que este recurso é para contratar ginecologista, odontólogo, clínico, “pois estas são ações da Atenção Básica e o município continua com o Comando da Atenção Básica”.
Para isso, ele recebe as verbas mensalmente do Ministério da Saúde. Esses recursos são para manter os postos de saúde funcionando, garantir que o odontólogo tenha condições e equipamentos, que as unidades tenham material para curativos, que não faltem médicos.
Os recursos que o município recebe também são para evitar que as pessoas continuem morrendo por causa da dengue. “O prefeito precisa entender um pouco mais de gestão em saúde e dos recursos que são repassados ponto a ponto, para depois emitir qualquer opinião sobre o assunto”.
Atenção Básica
A presidente lembra que Itabuna não perdeu a condição de gestor dos recursos da Atenção Básica. O básico seria garantir acesso nas Unidades de Saúde, evitando a ida da população ao hospital para tratar de uma dor de cabeça, de pressão alta ou diabetes.
Este tipo de atendimento deve ser feito no posto de saúde. “Os hospitais de Itabuna estão fazendo o papel de posto de saúde devido à precariedade dos serviços da Atenção Básica que, volto a dizer, é responsabilidade da gestão do município”.
Ela alerta que outra mentira do prefeito é que o município está atendendo 121 municípios, como se eles não recebessem nada por isso. “É salutar esclarecer que Itabuna não foi obrigada a pactuar com
os outros municípios, no momento das discussões entre os gestores”.
O município fica com o livre arbítrio de aceitar ou não a pactuação e, se Itabuna diz que aceita, precisa cumprir com o que ofertou. “Os recursos que iriam, por exemplo, para o município de Itajuípe fazer um atendimento em cardiologia, deixam de ir para Itajuípe e vem para Itabuna”.
Quanto ao Hospital de Base Luiz Eduardo Magalhães (HBLEM), o município precisa mostrar para a população de Itabuna quanto tem investido nele, que é 100% municipal, lembra Maria das Graças. Para ela, “ficam tentando confundir a população dizendo que o repasse é insuficiente”.
É preciso explicar que o Estado apenas compra serviços do Hospital de Base. Quem tem que custear é o município de Itabuna. “O que tem existe na verdade é um verdadeiro cabide de empregos”.
“A atual gestão do HBLEM tem tentado desenvolver um trabalho sério e se aproximado do CMS, porém a diretoria do hospital tem travado uma luta muito intensa para manter a unidade aberta e precisa mendigar e fazer plantão na porta da secretaria de saúde para conseguir algum recurso”.
Só palavras
A representante do CMS lembra que é preciso que o prefeito apresente o custeio do Hospital de Base, não apenas com palavras, mas com a apresentação das transferências bancarias. Ela ratifica que a saúde de Itabuna “está um caos” e isso não é culpa do Conselho.
“O CMS não executa as ações, apenas fiscaliza as ações em saúde. Os 14 Conselheiros de Saúde que votaram contra sabem muito bem da responsabilidade que tem com a população e jamais estariam contra o retorno do Comando Único se percebessem que a situação estava boa”.
Maria das Graças denuncia que os conselheiros foram assediados com promessas de emprego e dinheiro se votassem a favor do retorno da Plena. “Os telefones dos conselheiros não pararam de tocar. Mesmo com as ricas promessas, eles foram éticos e não aceitaram a propina. Votaram pelo correto”.
Ela alerta a população para não se deixar contaminar pela fala da gestão municipal. “Estão tentando denegrir a imagem do Conselho Municipal de Saúde simplesmente porque os conselheiros não foram conivente com o errado. Nós somos o controle social do SUS”.
“O parecer foi construído á partir de dados reais, visitas nas Unidades do município foram realizadas. O CMS solicitou direito de esclarecimento à TV Cabrália, estamos esperando a resposta para que possamos nos pronunciar sobre o assunto”.

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