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quinta-feira, 12 de novembro de 2009

Linfoma é a quinta causa de morte por câncer no país

Durante o Congresso Brasileiro de Hematologia e Hemoterapia, Hemo 2009, especialistas nacionais e internacionais debaterão os diversos tipos de linfoma e os potenciais tratamentos. “O linfoma já é a quinta causa de morte de pacientes oncológicos, atrás apenas do câncer de próstata, mama e tubo digestivo. Hoje, chama a atenção o fato de os usuários da rede pública de saúde não terem acesso ao medicamento de anticorpos monoclonais, que aumenta mais de 60% a chance de cura”, explica o presidente da Sociedade Brasileira de Hematologia e Hemoterapia e professor de Hematologia da Santa Casa SP, Dr. Carlos Chiattone.
Segundo Chiattone, os anticorpos monoclonais combatem as células cancerosas preservando as sadias. “Estes medicamentos não são disponibilizados pelo SUS, a população em geral é submetida à quimioterapia convencional que não dá os mesmos resultados”, reitera.
Enquanto para outros tipos de câncer há vários esforços para a obtenção do diagnóstico precoce, para o linfoma não há nenhuma ação neste sentido por parte das autoridades governamentais. “A grande maioria da população não conhece os sintomas da doença. Apesar de altamente curável, a demora no diagnóstico ou o tratamento incorreto provoca um grande número de mortes. Para se ter uma ideia, de cada 60 mil novos casos, três mil vão a óbito”, finaliza o presidente.
Classificação geral dos linfomas
Em geral, o linfoma pode ser classificado em duas categorias, Hodgkin e Não-Hodgking. Estimativas de pesquisa feita pelo Institituto Nacional do Câncer (Inca), revelam que em 2009, o linfoma de Hodgkin terá incidência aproximada de 1.600 em homens e 1.270 em mulheres. Já o Não-Hodgkin será aproximadamente 4.900 casos nos homens e 4.200 casos em mulheres, mais que o dobro do primeiro tipo.
Linfoma de Hodgkin: ocorre em 10% a 20% dos doentes, normalmente crianças, sendo mais comum no sexo masculino (numa proporção de aproximadamente três para dois). O índice de cura da doença é de, em média, 75%, em pacientes com o tratamento inicial. Pode surgir em qualquer parte do corpo e o sintoma inicial mais comum é um aumento indolor dos linfonodos (ou ínguas).
Linfomas não-Hodgkin: correspondem cerca de 60% do problema na infância (entre cinco e 15 anos), com maior incidência entre os rapazes. São curados em menos de 25% dos casos, que são cinco vezes mais frequentes do que os da doença de Hodgkin. Pode apresentar manifestações no estômago, pele, cavidade oral, intestino delgado e sistema nervoso central (SNC).

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