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quinta-feira, 28 de janeiro de 2010

SESAB MOBILIZA MUNICÍPIOS E DIRES PARA O DIA MUNDIAL DE LUTA CONTRA A HANSENÍASE

A hanseníase ainda se constitui situação preocupante em muitos municípios baianos. Em todo o estado, no ano passado, foram diagnosticados 2.549 casos da doença, sendo 209 em menores de 15 anos. Com o objetivo de chamar atenção para a importância do diagnóstico precoce e o tratamento adequado da doença, a Secretaria da Saúde do Estado, através do Programa de Controle da Hanseníase, está programando uma série de atividades para assinalar o Dia Mundial de Luta pelo Controle da Hanseníase, comemorado no último domingo de janeiro.
Por recomendação da Sesab, as diretorias regionais de Saúde (Dires) e as secretarias municipais de Saúde estão mobilizadas para realizar atividades conjuntas, com a finalidade de sensibilizar, informar e orientar a população sobre sinais e sintomas da hanseníase, visando à detecção precoce da doença. Durante toda a semana, está sendo intensificado o atendimento à população em unidades básicas de saúde de Salvador e no Hospital Especializado Dom Rodrigo de Menezes (HEDRM). No dia 31, domingo, uma equipe do hospital, com médico, enfermeiro e técnico de enfermagem, reforçará o atendimento na Unidade de Saúde da Família (USF) Aristides Maltez, no bairro de São Cristóvão, área considerada endêmica.
SITUAÇÃO ATUAL
Conforme dados do Programa Estadual de Controle da Hanseníase, a Bahia tem casos notificados de hanseníase em 68% dos municípios, distribuídos de forma heterogênea, mas algumas regiões apresentam áreas de concentração de casos, principalmente nas regiões norte, oeste e extremo sul, contribuindo para as elevadas taxas no estado. Dos 417 municípios baianos, 115 são considerados prioritários para o controle da hanseníase, por concentrarem 97% dos casos detectados em 2008 e coeficiente de detecção geral de 15,44 por 100 mil habitantes, indicando níveis de endemicidade "muito alta".
Para implantar/implementar medidas eficazes de controle da hanseníase, como diagnóstico precoce, tratamento, vigilância de contatos, especialmente nos casos de menores de 15 anos, avaliação e monitoramento das incapacidades físicas e cura de todos os casos diagnosticados, o Programa Estadual de Controle da Hanseníase vem investindo em capacitações teóricas e práticas, bem como na promoção de campanhas junto a sintomáticos de pele, com o objetivo de intensificar a descentralização das ações de controle da doença para a atenção básica.
SINAIS E SINTOMAS
A hanseníase é uma doença infecto-contagiosa, causada pela bactéria "Mycobacterium leprae", que acomete principalmente a pele e nervos periféricos e pode ser altamente incapacitante. É importante lembrar que os portadores da doença, em geral, são estigmatizados pela sociedade, embora a transmissão da doença só ocorra através de contato íntimo e prolongado. A hanseníase se manifesta, inicialmente, através de manchas na pele dormentes e sem sensibilidade, brancas ou avermelhadas. A doença tem cura e o tratamento é feito gratuitamente nos centros de saúde, sem necessidade de internamento, a não ser em casos especiais. Uma importante questão é relacionada aos cuidados que devem ser observados pelos portadores de hanseníase, a fim de evitar sequelas ou deformidades decorrentes da doença, em função da falta de sensibilidade nas áreas afetadas - a pessoas não sente quando sofre algum ferimento ou queimadura, por exemplo.

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