Azevedo atrasa salário e tira adicional de insalubridade
da saúde e deixa todos os funcionários da administração direta (com exceção da educação) sem saber quando vão receber o pagamento referente a outubro.
da saúde e deixa todos os funcionários da administração direta (com exceção da educação) sem saber quando vão receber o pagamento referente a outubro.
O Sindicato dos Servidores Municipais de Itabuna (Sindserv) está tomando uma série de medidas na justiça para fazer com que o prefeito José Nilton Azevedo (foto) não complique ainda mais a vida dos funcionários.
De acordo com a presidente do Sindserv, Karla Lúcia, vem ocorrendo um verdadeiro descaso com os servidores municipais de Itabuna. Na saúde, o prefeito decidiu pagar apenas 50% dos salários dos trabalhadores e ainda cortou o adicional de insalubridade.
Os demais funcionários da administração direta não sabem quando vão receber o salário de outubro, que deveria ser pago até o quinto dia útil deste mês. No Hospital de Base Luiz Eduardo Magalhães, o salário foi pago na data correta, porém sem a primeira parcela do reajuste de 5,5%.
Vale transporte
Karla Lúcia explica que, em junho deste ano, foi fechado um acordo para a reposição fosse feita em três parcelas, em outubro, novembro e dezembro. “Foi acertado apenas uma reposição de salário e nem isso está sendo cumprido. Só confirma o total descaso da administração com o servidor”.
Ela reclama ainda do atraso no vale-transporte, o que tem dificultado o deslocamento do funcionário para o local de trabalho. Há dois meses eles estão sem garantia do transporte.
“Imagine a situação de quem já está com salário atrasado e sem vale. Fica inviável trabalhar desse jeito. O prefeito parece que está preocupado somente com os seus compromissos de campanha”.
Se a situação dos efetivos é critica, é pior a vida dos contratados e estagiários. O Sindserv afirma que os comissionados estão sem salário desde setembro e correm o risco de não receber mais salário neste ano. No caso dos estagiários, o atraso chega há cinco meses.
Eles já discutem uma possível ação coletiva de reclamação trabalhista contra a prefeitura de Itabuna, o prefeito José Nilton Azevedo e o Centro de Integração Empresa-Escola (CIEE).
Consignados
Para completar o desespero dos funcionários público, a prefeitura vem fazendo o desconto mensal, no contracheque, dos valores referentes ao crédito consignado, mas não repassa para os bancos. Com isso, cerca de mil funcionários estão negativados no SPC e Serasa.
“Eu mesma estou nesta situação”, afirma a servidora de iniciais F.P.R.S.
Outra funcionária contraiu empréstimo consignado no de R$ 3,3 mil há cerca de dois anos, com pagamento previsto para três anos e parcela mensal de R$ 138,00. Como o município não faz os repasses, a dívida dela já chega a R$ 8,3 mil.
A servidora pública já recebeu pelo menos três cartas de cobrança do banco BMG. “A nossa assessoria jurídica está adotando as providências para que os servidores não fiquem no prejuízo por causa do descaso do prefeito José Nilton Azevedo”.
“Já acionamos também o Ministério Público Estadual e estamos aguardando”, conta Karla Lúcia. O prefeito deverá ser acionado por improbidade administrativa e apropriação indébita.
Para denunciar as irregularidades, os servidores realizam, nesta segunda-feira, uma manifestação em frente ao Centro Administrativo Firmino Alves, no bairro São Caetano. O protesto está previsto para acontecer a partir das 8 horas.
O secretário de Finanças, Geraldo Pedrassoli, não foi localizado na sexta-feira, 9, para comentar as irregularidades.
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