Crédito: antoniodiazRinite
é a inflamação aguda ou crônica, infecciosa, alérgica ou irritativa da
mucosa nasal, sendo os casos agudos, em sua maioria, causada por vírus,
ao passo que os casos crônicos ou recorrentes são geralmente
determinados pela rinite alérgica, induzida pela exposição a alérgenos,
que, após sensibilização, desencadeiam resposta inflamatória.
Como toda doença alérgica, ela pode
apresentar duas fases. A primeira, chamada imediata, ocorre minutos após
o estímulo antigênico e a segunda, denominada fase tardia ou
inflamatória, ocorre quatro a oito horas após o estímulo. Os sintomas
mais comuns são corrimento nasal, obstrução ou prurido nasal e espirros.
Muitas vezes acompanham sintomas oculares como prurido, hiperemia
conjuntival e lacrimejamento.
Esses sintomas podem melhorar
espontaneamente. Nos casos crônicos, pode ocorrer perda do paladar e do
olfato. Os principais alérgenos ambientais desencadeantes e/ou
agravantes da rinite são os ácaros da poeira domiciliar, barata, os
fungos, epitélio, urina e saliva de animais (cão e gato). Os principais
irritantes inespecíficos são a fumaça do cigarro e compostos voláteis
utilizados em produtos de limpeza e construção, desencadeando os
sintomas por mecanismos não imunológicos.
A rinite alérgica é considerada como
fator de risco e marcador de gravidade da asma. Ela piora a asma, além
de aumentar o risco de hospitalizações e exacerbar as crises. Portanto,
portadores de rinite persistente devem ser investigados para asma e
viceversa. A fim de se obterem bons resultados no controle de cada
doença, é importante o tratamento e controle das duas doenças.
No tratamento da rinite alérgica, o
objetivo é promover a prevenção e o alívio dos sintomas de forma segura e
eficaz. As medidas a serem instituídas dependem da classificação da
rinite, constando de medidas farmacológicas e não farmacológicas.
Como a rinite pode ser desencadeada por
componentes alérgicos, vale ressaltar alguns cuidados para evitar
possíveis crises. Desta forma, é indicado ao paciente parar o tabagismo e
evitar sua forma passiva, praticar atividades físicas, reduzir da
exposição a ácaros, mofo, animais domésticos (quando comprovada
sensibilização), odores fortes e locais com poluição atmosférica.
A educação e orientação quanto à doença e
o uso correto das medicações inalatórias e capacidade de distinção
entre medicações de manutenção (corticoides intranasais, por exemplo) e
de alívio (anti-histamínicos, por exemplo) são importantes, pois o uso
por tempo prolongado de alguns medicamentos pode levar à obstrução nasal
por efeito rebote, causando uma “rinite medicamentosa”.
A lavagem nasal com solução salina
(solução fisiológica a 0,9%) pode ser utilizada para aliviar a irritação
tecidual, umedecer a mucosa e auxiliar na remoção de secreções,
aliviando temporariamente a obstrução nasal e melhorando o olfato. Mas
existem evidências de que certos conservantes utilizados em soluções
salinas, como o cloreto de benzalcônio, podem acarretar irritação da
mucosa, agravando a rinossinusite. Desta forma, o paciente deve sempre
passar por avaliação do profissional de saúde, que indicará o tipo de
medicamento e forma adequada de uso para cada caso.
Cuide-se! A rinite pode interferir
significativamente na qualidade de vida social, escolar e produtiva das
pessoas, e também pode estar associada a outras condições como asma,
sinusite, otite média, respiração bucal e suas consequências.
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