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sábado, 1 de março de 2014

SAÚDE TOTAL

Foto; Peter Frank/CorbisFoto; Peter Frank/CorbisPara muitos, o carnaval começa no sábado de Zé Pereira e só termina na quarta-feira de cinzas. Para outros, dura ainda mais que isso. Aguentar a maratona da festa do Momo requer do folião muita energia, disposição e uma alimentação e hidratação adequada. Traçar uma estratégia pode ajudar a prolongar a festa, além de evitar mal estar, fadigas intensas, câimbras e dores devido às longas programações de carnaval.
A nutricionista Clariane da Silva Campos, da Coordenação de Atenção Integral à Saúde do Servidor (CAS) do Ministério da Saúde, dá algumas dicas para aproveitar melhor a festa. “Temque investir na hidratação. Bebidas isotônicas e água de coco são fundamentais. Como a atividade física é muito intensa, só a água não vai conseguir repor todos os sais que a pessoa precisa”, ressalta a nutricionista.
Ela explica que a cada duas horas de atividades físicas tradicionais, ou neste caso de muita folia e dança, recomenda-se uma reposição de sais minerais mais eficiente, com água de coco e isotônicos. “Até mesmo para evitar câimbras, fadigas e dores musculares”, afirma.
Em relação à bebida alcoólica, a nutricionista lembra que o álcool desidrata assim que entra na corrente sanguínea. Uma forma de minimizar essa desidratação e evitar os efeitos desagradáveis do álcool pode ser, segundo a especialista, intercalar o consumo com água, sucos naturais e outras bebidas não alcoólicas.
Alimentação – Escolher os alimentos para os dias de folia requer primeiro saber o estado nutricional de cada um, afirma Clariane. Mas pode-se sugerir, genericamente, que antes de sair de casa para pular o carnaval se faça uma refeição reforçada. “Vitamina de frutas, pães, cereais, frios ou ovos. Alimentos que são ricos energeticamente, que têm carboidratos. Comer gordura vai aumentar a desidratação. À noite, opte por caldos ou sopas”, comenta.
O problema é quando o folião já está pulando nas ruas. Os alimentos disponíveis costumam ser ricos em gordura e frituras, além da falta de higiene. “Procure observar a condição higiênica do local. Mandioca, milho e macarrão são boas alternativas e fontes de carboidratos. Se levar vegetais melhor. Açaí com frutas e granola também é uma boa opção”, sugere a nutricionista Clariane.
Levar um lanche é uma boa saída para evitar a comida da rua. “Uma barrinha de cereal, biscoitos integrais, alimentos que não ocupem muito espaço. Sanduíche natural é problemático por conta do calor e da temperatura, fica difícil ter controle”, explica Clariane Campos.
Brincando carnaval há mais de 40 anos pelas ruas e ladeiras de Recife e Olinda (PE), a psicóloga Maria Gorete Ferreira Caminha, 59 anos, segue essa recomendação, principalmente por não gostar de comer comida de rua. “Além do mais, demora muito para achar um local que seja bom para comer, e aí acabamos perdendo o bloco. Só paramos para fazer refeição mesmo, no fim da brincadeira”, completa Gorete, que nos últimos 15 anos sempre leva um lanchinho para o meio da folia.
“Meu marido e eu sempre levamos lanches, como queijos brancos, mix de castanhas, passa e amendoim, além de água de coco. É nutritivo e gostoso e não passamos aperto quando bate a fome. Vale a pena. E já virou folclore. Os amigos já sabem e quando nos encontram já pedem o lanchinho”, brinca a psicóloga. E o kit virou tradição de família. “Hoje em dia, faço os kits com o lanche para os meus filhos durante o carnaval”, afirma Gorete.

Lucas Pordeus Leon / Blog da Saúde

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