MPT ACIONA HOSPITAIS POR FRAUDES TRABALHISTAS
Não dá para imaginar hospital sem
médico”. Com essa afirmação, o procurador do trabalho Ilan Fonseca
inicia a ação civil pública que o Ministério Público do Trabalho (MPT)
na Bahia move contra o Hospital e Maternidade Bartolomeu Chaves, em
Ilhéus, por fraude nas relações de trabalho, com contratação de médicos
através de empresas. A pejotização, como é chamada a operação ilegal
para mascarar uma relação de trabalho, é alvo de outras ações do MPT na
região, contra as Santas Casas de Misericórdia de Itabuna e Ilhéus e o
Hospital de Base de Itabuna.
Em todos os casos, o órgão pede que a
Justiça determine o fim dos contratos de trabalho mascarados de contrato
de prestação de serviço e, no caso das unidades públicas, a realização
de concurso público para substituir os médicos e outros profissionais
contratados por meios de pessoas jurídicas.
A procuradora Sofia Vilela, autora da
ação contra a Santa Casa de Itabuna, que administra dos hospitais
Calixto Midlej Filho, Manoel Novaes e São Lucas, além da Clínica de
Radioterapia de Itabuna, informa que “há mais de 25 anos, a Santa Casa
vem fraudando direitos sociais fundamentais dos trabalhadores, levando
os médicos a constituir pessoas jurídicas, como sócios, com a finalidade
de lhes tirar direitos trabalhistas como o reconhecimento do vínculo
empregatício, férias anuais remuneradas, 13º salário, jornada de
trabalho fixada em lei, recolhimento do FGTS, descanso semanal
remunerado, dentre outros direito.” Ela deu entrada na ação, no último
dia 1º de junho, na 3ª Vara do Trabalho de Itabuna.
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