O Ministério da Saúde confirmou nesta quinta-feira (15) a circulação
do Zika vírus no país. O Instituto Evandro Chagas atestou positivo para o
exame de 16 pessoas que apresentaram resultados preliminares para o
vírus. Foram oito amostras da Bahia e oito do Rio Grande do Norte. O
Ministério acompanha a situação e participa da investigação de outros
casos suspeitos de doenças exantemáticas para definir os agentes
causadores e adotar as ações de vigilância, prevenção e controle
complementares no país.
Segundos estudos, apenas 18% das pessoas com Zika vírus apresentarão
manifestações clínicas da doença. Sua evolução é benigna, com um período
de incubação de aproximadamente quatro dias. A doença é caraterizada
por febre baixa, hiperemia conjuntival (olhos vermelhos) sem secreção e
sem coceira, artralgia (dores em articulação) e exantema maculo-papular
(erupção cutânea com pontos brancos ou vermelhos), dores musculares, dor
de cabeça e dor nas costas. Os sinais e sintomas podem durar até 7
dias.
A maior parte dos casos não apresenta sinais e sintomas e não há
registro de morte associada. O vírus é transmitido por meio da picada de
mosquito Aedes aegypti, o mesmo que transmite a dengue. Por
esse motivo, as medidas de prevenção e controle são as mesmas já
adotadas para a dengue e chikungunya.
O tratamento é sintomático e baseado no uso de acetaminofeno
(paracetamol) para febre e dor, conforme orientação médica. Não está
indicado o uso de ácido acetilsalicílico e drogas anti-inflamatórias
devido ao risco aumentado de complicações hemorrágicas, como ocorre com a
dengue. Orienta-se procurar o serviço de saúde para condução adequada.
Independente da confirmação de outras amostras para Zika Vírus, é
importante que os profissionais de saúde se mantenham atentos frente aos
casos suspeitos de dengue nas unidades de saúde e adotem as
recomendações para manejo clínico conforme o preconizado no protocolo
vigente.
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