Como toda doença alérgica, ela pode
apresentar duas fases. A primeira, chamada imediata, ocorre minutos após
o estímulo antigênico e a segunda, denominada fase tardia ou
inflamatória, ocorre quatro a oito horas após o estímulo. Os sintomas
mais comuns são corrimento nasal, obstrução ou prurido nasal e espirros.
Muitas vezes acompanham sintomas oculares como prurido, hiperemia
conjuntival e lacrimejamento.
Esses sintomas podem melhorar
espontaneamente. Nos casos crônicos, pode ocorrer perda do paladar e do
olfato. Os principais alérgenos ambientais desencadeantes e/ou
agravantes da rinite são os ácaros da poeira domiciliar, barata, os
fungos, epitélio, urina e saliva de animais (cão e gato). Os principais
irritantes inespecíficos são a fumaça do cigarro e compostos voláteis
utilizados em produtos de limpeza e construção, desencadeando os
sintomas por mecanismos não imunológicos.
A rinite alérgica é considerada como
fator de risco e marcador de gravidade da asma. Ela piora a asma, além
de aumentar o risco de hospitalizações e exacerbar as crises. Portanto,
portadores de rinite persistente devem ser investigados para asma e
viceversa. A fim de se obterem bons resultados no controle de cada
doença, é importante o tratamento e controle das duas doenças.
No tratamento da rinite alérgica, o
objetivo é promover a prevenção e o alívio dos sintomas de forma segura e
eficaz. As medidas a serem instituídas dependem da classificação da
rinite, constando de medidas farmacológicas e não farmacológicas.
Como a rinite pode ser desencadeada por
componentes alérgicos, vale ressaltar alguns cuidados para evitar
possíveis crises. Desta forma, é indicado ao paciente parar o tabagismo e
evitar sua forma passiva, praticar atividades físicas, reduzir da
exposição a ácaros, mofo, animais domésticos (quando comprovada
sensibilização), odores fortes e locais com poluição atmosférica.
A educação e orientação quanto à doença e
o uso correto das medicações inalatórias e capacidade de distinção
entre medicações de manutenção (corticoides intranasais, por exemplo) e
de alívio (anti-histamínicos, por exemplo) são importantes, pois o uso
por tempo prolongado de alguns medicamentos pode levar à obstrução nasal
por efeito rebote, causando uma “rinite medicamentosa”.
A lavagem nasal com solução salina
(solução fisiológica a 0,9%) pode ser utilizada para aliviar a irritação
tecidual, umedecer a mucosa e auxiliar na remoção de secreções,
aliviando temporariamente a obstrução nasal e melhorando o olfato. Mas
existem evidências de que certos conservantes utilizados em soluções
salinas, como o cloreto de benzalcônio, podem acarretar irritação da
mucosa, agravando a rinossinusite. Desta forma, o paciente deve sempre
passar por avaliação do profissional de saúde, que indicará o tipo de
medicamento e forma adequada de uso para cada caso.
Cuide-se! A rinite pode interferir
significativamente na qualidade de vida social, escolar e produtiva das
pessoas, e também pode estar associada a outras condições como asma,
sinusite, otite média, respiração bucal e suas consequências.
Nenhum comentário:
Postar um comentário